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O preço dos imóveis em Luanda desceu em média cerca de 30%, revela o estudo efetuado pela Proprime Yeld. De acordo com a empresa de consultoria e avaliação imobiliária, a queda dos preços imobiliários está directamente relacionada com a crise e consequente redução na procura, motivada pela saída em massa de expatriados.
Factores económicos como a desvalorização do preço do petróleo e a redução do valor do kwanza continuam a influenciar negativamente as diversas áreas de negócios, incluindo o sector imobiliário.
O mercado de escritórios em Luanda continua em trajectória descendente devido sobretudo à retirada de empresas internacionais do mercado angolano. Com a procura a reduzir-se, os preços desceram de forma substancial, tanto no mercado de arrendamento, como no mercado de venda.
Relativamente às vendas de escritórios em Luanda, verificou-se uma redução de 21% em 2017, face ao registado no ano transacto. Nas rendas, a descida foi ainda mais acentuada, com os valores a caírem 28,5% em relação a 2016.
No mercado de habitação, os números demonstram uma maior procura por imóveis de tipologias maiores, principalmente vocacionados para os segmentos médio e médio-baixo. A maior aposta incide em moradias com 4 quartos.
Os preços médios desceram tanto nos apartamentos, como nas moradias. A título de exemplo, o preço médio de uma moradia V3 em Talatona desceu 10,5% e o preço médio de um apartamento T3 em Ingombota desceu 4%.
Em termos de valores concretos, a compra de um apartamento T4 com 170 metros quadrados, localizado na Ingombota ficava, em média, em 925 mil USD, no final de 2017, contra os 992.250 USD registados em 2016.
Com a economia angolana a passar por uma fase de transição, é necessário reajustar a oferta, o que fará com que em 2018, o foco da actividade imobiliária se centre nas necessidades do cliente doméstico.
